A Metrópole e a Vida Mental
O autor aponta para o conflito entre o desejo do indivíduo de preservação de suas autonomia e individualidade frente à rede de influências sociais, históricas, de culturas externas e técnicas de vida. É preciso entender como a metrópole dispõe conteúdos individual e superindividual da vida (como a personalidade se ajusta às forças externas). A individualidade do homem se dá psicologicamente pela intensificação dos estímulos nervosos, colocando o homem como um ser que procede a diferenciações.
O meio como agente de extração de consciência (metrópole vs. vida rural). O intelecto como órgão perceptivo que preserva a vida subjetiva contra as imposições existenciais da vida metropolitana. O domínio do intelecto está diretamente ligada à economia monetária. A vida metropolitana como predominância da inteligência do homem. Todas as relações emocionais íntimas entre pessoas são fundadas em sua individualidade. Já nas relações racionais, o homem é um número.
Atitude blasé como resultante dos estímulos contrastantes impostos e que, com a concentração de homens e coisas estimula o sistema nervoso do indivíduo até seu mais alto ponto de realização. Dinheiro como nivelador de valores que o faz arracando a essência e individualidade das coisas. Reserva: confere ao indivíduo qualidade e quantidade de liberdade pessoal que não tem qualquer analogia sob outras condições.
A cidade pequena é desinvidualizante. O homem metropolitano é “livre” em um sentido espiritualizado e refinado, em contraste com a pequenez e preconceitos que atrofiam o homem de cidade pequena - isso não se deve apenas ao tamanho e número de pessoas, mas antes, se deve à trascendência da expansão visível. As cidades dividem economicamente o trabalho. Escassez de interrelações humanas do homem metropolitano. O indivíduo se torna elo de coisas e poderes que lhes tiram sua forma subjetiva, substituindo por uma vida puramente objetiva.