A maçã - ensaio
João Felipe Fernandes Neres da Costa
RA00135834
RI-MA1
Ensaio sobre o filme “A Maçã”
O filme “A Maçã” conta a história de duas irmãs gêmeas que ficaram aprisionadas em casa por 11 anos, sendo que elas tem 13. São vítimas da obediência ao extremo de um dizer do alcorão onde diz: “meninas são como flores que, expostas ao sol, murchariam”. O filme traz várias discussões como a questão dessa obediência extrema à religião, a questão de como interferir nesses casos, se é propício intervir nesses casos, mas principalmente, a questão de como as relações pessoais é importante para a formação das pessoas.
A menina de apenas 18 anos, Samira Makhmalbaf, resolve filmar todo o processo de libertação e adaptação dessas garotas, e mostra algumas partes que são muito interessantes, como por exemplo, o fato das meninas nunca terem ficado fora de casa e na primeira vez que elas saem elas acabam voltando várias vezes, como se fossem animais adestrados. Dependendo do “habitat” que o ser humano vive ele acaba se adaptando ao meio, pode ser dito que como o pai as alimentava e falava com elas, elas foram se tornando adestradas a fazer o que ele mandava já que era o único contato que elas tinham com alguém. Pode-se usar outro exemplo, como as histórias de crianças que foram “adotadas” por lobos, macacos e ursos, e agiam como tais. E é possível perceber que com o inicio do contato com as pessoas, as meninas começam a apresentar um desenvolvimento como o de querer o relógio e pedir dinheiro para o pai para comprarem.
Com as relações sociais resolvidas, outro assunto importante discutido no filme é a questão religiosa que sempre é um assunto muito delicado de se tratar. A assistente social lida com essa situação delicada de um modo inusitado e bem direto, mas nem sempre esses casos são resolvidos com aquela facilidade, já que a questão religiosa sempre é levada ao extremo, mas ela consegue fazer o pai das