Crise 1973
Com o passar do tempo, o petróleo tornou-se o principal fornecedor de energia, gerando um progresso extremamente acelerado aos países que se industrializavam e, a partir disso, tornavam-se grandes potências econômicas. Observa-se neste momento, que o petróleo originava riqueza e progresso para as grandes potências, porém, o mesmo não ocorria para os países que o produziam. O Oriente Médio tornou-se o principal produtor de petróleo desde o fim da Primeira Guerra Mundial, fato este que levou ao interesse dos países mais desenvolvidos, que dominaram a região por décadas, colonizando e explorando estas áreas. Aos poucos, estes países foram alcançando sua independência política, mas não possuíam ainda controle de seus próprios recursos, sendo que até 1970, tinha mais de 90% da sua produção petrolífera controlada por sete companhias, as chamadas “Sete Irmãs” (cinco americanas, uma britânica e uma anglo-holandesa). Cientes desta dependência, os países produtores decidiram unir suas forças, rompendo com o cartel das “Sete Irmãs”. Surgia a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a OPEP (OPEC, em inglês), constituindo 12 membros na época da crise, em 1973: Irã, Iraque, Arábia Saudita, Kuwait, Venezuela, Líbia, Argélia, Indonésia, Emirados Árabes, Nigéria, Qatar e Equador, e a luta contra as grandes companhias petrolíferas começou a ser travada, com vitórias lentas, mas definitivas, para os países produtores. A partir deste momento, ocorre uma transição do papel do petróleo ao redor do mundo, o qual passa a ser considerada uma arma econômica, fato este que pode ser observado em 1973, ano marcado por encontros diplomáticos entre vários líderes árabes. Reuniões sucessivas entre eles precediam uma luta bélica no Oriente Médio, a qual se confirmou em Outubro daquele ano, com a ocupação das forças militares egípcias de toda a margem oriental do canal de Suez. Este conflito entre árabes e israelenses ficou conhecido como a Guerra do Yom Kippur. Os