A educação da mulher na colônia e no império
A EDUCAÇÃO DA MULHER NA COLÔNIA E NO IMPÉRIO
A história da educação da mulher é muito singular, a historiografia tradicional descreve a mulher brasileira, sobretudo a branca, como esposa obediente, reclusa e passiva. Dessa forma também era vista na sociedade imperialista, em situação de dependência e inferioridade, eram submissas á dominação do pai e do marido. A mulher negra-escrava é vinculada à ‘’educação’’ dos sinhozinhos e sinhazinhas, destacando-se pela importância das amas de leite e das negras velhas como grandes contadoras de histórias. Tanto as mulheres índias como a escrava e a branca eram vistas como objeto sexual do homem colono, era utilizado o corpo e a alma da mulher sem a preocupação de estar machucando-as. Os jesuítas que monopolizaram o ensino até 1795, não se ocuparam da educação feminina em seus colégios, restringindo-as do aprendizado das boas maneiras e das prendas domesticas, excluindo do processo de educação da mulher tanto a aprendizagem da leitura como da escrita. Como se pode observar, não há lugar para uma mulher que se oponha, que conteste tais princípios, as mulheres que se rebelavam eram internadas em conventos. A tarefa das mulheres e dos homens nesta época era bem definida, nas famílias mais abastadas às vezes as meninas aprendiam a ler, escrever e contar (economia domestica) além de bordarem. Assim, desde muito cedo a mulher devia ter seus sentimentos e desejos rigorosamente vigiados e domesticados, os casamentos eram arranjados pelos pais, principalmente escolhidos pelos laços econômicos, não se importando mais uma vez com os sentimentos femininos e nem com a imaturidade, pois se casavam ainda muito jovens. A maioria muitas vezes conhecia o noivo poucos