Século XIX: a educação Nacional
No decorrer do século XIX, ocorreram muitas mudanças. O fenômeno da urbanização acelerada, que é decorrente do capitalismo industrial, criou uma forte expectativa com respeito à educação, pois era exigido uma ótima qualificação da mão-de-obra, já que o trabalho era muito complexo. No século XVIII houve as tentativas de universalização do ensino, mas, foi apenas no século seguinte que esse projeto começou a se concretizar, com a intervenção cada vez maior do Estado para estabelecer a escola elementar universal, laica, gratuita e obrigatória. Surgiu também, o interesse pelo ensino técnico e/ou pela expansão das disciplinas científicas, além disso, a nacionalização da educação demostrava interesse de formar o cidadão. O desenvolvimento do capitalismo industrial foi o que estimulou a criação de escolas politécnicas. Mesmo persistindo a tendência individualista, surgiram nítidas preocupações com fins sociais da educação e a necessidade de preparar a criança para a vida em sociedade, enfatizando a relação entre educação e bem-estar social, estabilidade, progresso e capacidade de transformação.
Brasil: de colônia a Império
Devido aos atritos da Corte portuguesa, em 1808, a família real mudou-se para a colônia, sob a proteção da Inglaterra. Com isso, o Brasil passou por modificações consideráveis. Com problemas em Portugal, D. João VI retornar à metrópole, deixando no Brasil o Príncipe, que proclamou a Independência em 1822, assumindo o nome de D. Pedro I. O poder da reação manteve o privilegio de classe ao valorizar o ensino superior em detrimento dos demais níveis, sobretudo o elementar e o técnico, sem falar evidentemente da desprezada educação da mulher. O Brasil na passagem de colônia a Império enfrentou sérios problemas com a escolarização, pelo fato de aqui ainda persistir um modelo de economia agrário-comercial, com tentativas de industrialização apenas no final do século. A grande massa da população, constituída de escravos