A doença da Paixão
É possível que todos os dias nos apaixonemos por uma pessoa diferente. Por aquele ator da novela, o gerente do banco que você viu ontem pela primeira vez; Aquele cara alto de barba por fazer que estava sentado no seu lado mais cedo no metrô. O velho amigo de infância por quem foi apaixonado(a). Aquela loira peituda que estava te dando mole na faculdade... enfim. Todas as paixões são possíveis e, de fato, uma paixão sempre faz esquecer a outra. É possível que todos esses citados fossem esquecidos assim que cada um novo cruzasse o caminho em seguida e assim sucessivamente. A paixão é o fogo, o tesão, o desejo, vontade; tudo aquilo que te faz querer, desejar de verdade alguém. Alguém que pode mudar a qualquer hora. Alguém que de uma hora pra outra pode passar a não ser mais tão desejável assim. Alguém que pode perder o tesão e o fogo pode apagar. A paixão é previsível e pode ter sempre um começo, meio e fim. Quando ela se junta com a carência então, piora tudo. A carência cega o ser humano. Faz com que qualquer um que dê uma atenção maior que a que estava recebendo (talvez nenhuma), já se apaixone. O que não significa que o “qualquer um” também se apaixonou. E daí vem todas aquelas coisas: Lágrimas, decepções, tristezas, pura ilusão. E depois disso chegam até dizer que é amor. Será? Ao meu ver, não.
A paixão também pode ser maravilhosa, ainda mais quando todos os dias você se apaixona pela mesma pessoa. Todo dia o peito arde em chamas ao lembrar daquele sorriso ou daqueles olhos e aqueles