A alfabetização

INTRODUÇÃO

Até a segunda metade do século XIX, a concentração do poder político estava nas mãos da oligarquia rural, não havia interesse das classes detentoras do poderio político e econômico na escolarização básica para o conjunto da população. O atendimento escolar destinava-se as elites locais especialmente às urbanas sendo uma tarefa atribuída a estados e municípios. Este modelo econômico e social não exigia uma ampla escolarização básica da população brasileira, o que permitiu deixar de lado a maioria dos analfabetos, não lhes permitindo o direito à educação. Assim no Brasil, foi se constituindo uma estrutura social injusta. De acordo com estes acontecimentos, observamos que nos dias atuais, esta sociedade exclusivamente, fere crianças e adolescentes. Crianças estas que são excluídas do contexto de sua família, sociedade e escola. Para muitos, a escola pode até parecer um absurdo ser um órgão excludente, mas nela podemos "referir, castrar e mutilar" muitas de nossas crianças, contribuindo assim, para os alunos se evadir de nossas salas de aula, tendo-os como fracassados através das dificuldades encontradas no processo de aprendizagem da leitura e da escrita. Pois os atos de leitura e escrita há muitos anos vem sendo objetos de estudos de pesquisadores, diversificando seus enfoques na investigação. A realidade é que, o ensino da língua escrita traz preocupação quanto à forma, em que é ensinada, pois sabemos que nos dias atuais ainda existem vários professores "presos" a uma concepção de escrita, tradicional instrumento de reprodução de modelos, sendo trabalhado de forma mecânica, reduzindo o aluno a um ser passivo, apenas como um transmissor de informação na aquisição da escrita. Observamos que para desenvolver a construção da aquisição da escrita é necessário que o professor esteja atento ao modo de como o aluno estrutura sua subjetividade. Para que isto ocorra, é indispensável que o professor busque conhecimentos teóricos do