Voz Passiva Na Língua Inglesa
Gustavo Leal1
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo analisar e comparar a voz passiva na língua portuguesa e inglesa, buscando identificar semelhanças e diferenças em suas estruturas, visando destacar as dificuldades que os falantes de português têm ao utilizar a voz passiva no inglês.
ABSTRACT
This paper aims the review and comparison of the passive voice in the English and Portuguese languages, seeking the identification of similarities and differences in its structures, addressing the difficulties Portuguese speakers face when using the passive voice in English.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A voz passiva, para surpresa de muitos, não é exclusividade do português. Com frequência a utilizamos quando queremos parecer mais polidos em nossas conversas cotidianas, ou quando temos que escrever um trabalho escolar ou um e-mail. Embora essa seja uma peculiaridade proeminente do português brasileiro, a voz passiva também existe em outros idiomas.
A voz passiva é, no português, uma das quatro vozes verbais, as quais servem para expressar a relação estabelecida entre o sujeito da frase e a ação manifesta pelo verbo. Para que possamos definir a voz passiva e, consequentemente, a sua finalidade, devemos, antes, compreender a sua origem. Segundo Furtado da Cunha (2001, p. 108), “na literatura linguística, a oração ativa é identificada como a estrutura sintática mais básica (prototípica), o padrão neutro. Por sua vez, a oração passiva é tratada como uma estrutura complexa, o padrão marcado”. Ao afirmar que a oração ativa é a estrutura inicial, básica, inferimos que a voz passiva é, de fato, uma derivação dessa. Inferimos ainda o antagonismo das vozes ativa e passiva.
Sabendo que a voz ativa é utilizada quando o sujeito pratica a ação manifesta pelo verbo, podemos então dizer, de forma bem simplificada, que a voz passiva busca enfatizar, dentro de um enunciado, o receptor da ação. O sujeito irá, ao invés de