Via Prussiana do Desenvolvimento Capitalista
No século XIII, a área onde mais tarde se estabeleceu a Prússia foi dominada por povos germânicos. Foi somente em 1701, porém, que Bradenburgo tornou-se o Reino da Prússia, nação que exerceria forte dominação na região central da Europa durante todo o século XIX. Frederico Guilherme I, cujo governo vai de 1713 à 1740, é conhecido por ter sido um notável militar e organizado um sólido exército que obteve significativas vitórias. Além das conquistar militares, Frederico I construiu escolas que educariam os filhos dos camponeses, assim como os defendeu dos abusos dos senhores e acabou com a servidão. Seu sucessor, Frederico II - que exerceu seu poder de déspota esclarecido de 1740 a 1786-, apesar de ser um homem muito ligado às artes e a literatura, também obteve destaque nas conquistas militares, triunfando na Guerra de Sucessão da Austria (na qual anexa a Silésia) e na Guerra dos Sete Anos, em que esteve aliado à Inglaterra. As reformas econômicas e sociais e a política externa desenvolvida elevaram a Prússia à maior potência germânica. Frederico II executou uma série de medidas para aliviar a pesada arrecadação de impostos à qual estava submetida a população pelo sistema francês, além de encorajar o comércio pela diminuição de impostos e ampliou o sistema de estradas e canais. No século XVIII, durante o governo de Frederico I e Frederico II, “a Prússia se conduzia a partir de um estado dinástico - cuja verdadeira natureza era a busca de poder- o processo significativo de expansão econômica” [Braga, 1999 - página 194]. Esse processo tinha como base os Cameralistas, que mudaram a concepção administrativa do Estado. Estes visavam a fusão entre a política e as ciências, o que gerou a transição da “arte de governar” para a ciência do Estado, o que gera o início da centralização do Estado prussiano. A Prússia seguia entre um dos principais Estados europeus, praticando o Estado de polícia, uma forma diferente de