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Os países de capitalismo clássico, como a Inglaterra, a França e os Estados Unidos, diferenciam-se dos outros países principalmente porque viveram revoluções democrático-burguesas radicais; revoluções que uniram a burguesia, o proletariado nascente e o campesinato na destruição completa da antiga forma de sociedade; essa antiga sociedade, nos casos inglês e francês, possuía a nobreza e a monarquia como os elementos dominantes e, no caso norte-americano, tinha a metade do território nacional dominada pelos grandes proprietários escravocratas. Esses movimentos políticos de massa abriram um grande e fértil espaço para o desenvolvimento do capitalismo e para a consolidação da democracia burguesa; ou seja, permitiram um tipo de trajetória capitalista na qual as mais progressitas características desse modo de produção consolidaram-se em toda a sua positividade e, por outro lado, os traços mais perversos desse sistema social surgiram de maneira mais atenuada.
Conceito de Via Prussiana a grande propriedade pré-capitalista transforma-se, gradativamente, em empresa capitalista. As relações de trabalho mantêm aspectos da coerção extra-econômica que as caracterizavam e os antigos proprietários, ao garantirem a manutenção das formas econômicas em que se apoiam, conseguem manter papel proeminente no aparelho de Estado e, assim, orientar o próprio processo de modernização.
O “modelo americano”, ou “clássico”, ou ainda, “democrático”, se caracteriza pela destruição da grande propriedade pré-capitalista, fracionada em pequenas propriedades camponesas. As relações capitalistas no campo nasceriam do processo de diferenciação entre os camponeses, e o desenvolvimento do capitalismo não encontra obstáculos pré-capitalistas, o que permite um rápido desenvolvimento das forças produtivas.
O conceito de “via prussiana” tem como bjetivo principal de conceituar a modernização agrária”, enquanto que o conceito de “revolução passiva” buscaria determinar processos