Complexo Metropolitano Do Sudeste
Eixo Rio de Janeiro – São Paulo
O fenômeno do surgimento das megalópoles não se encontra restrito ao hemisfério norte ou aos países desenvolvidos. O Brasil é o único país subdesenvolvido a apresentar uma aglomeração urbana que é resultado de conurbação das duas metrópoles globais brasileiras, isto é, o Complexo Metropolitano do Sudeste: eixo Rio de Janeiro – São Paulo.
Esse complexo possui características que indicam tratar-se do esboço da primeira megalópole brasileira. Abriga mais de 30 milhões de habitantes (aproximadamente 20% da população brasileira embora cubra apenas 0,5% de todo o território nacional) concentrados entre as áreas metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, ligadas pela mais movimentada rodovia do país, a Via Dutra. Além disso, em seu eixo - o Vale do Paraíba - está localizado um dos principais tecnopolos brasileiros: a cidade de São José dos Campos, no estado de São Paulo. A abrangência do Complexo Metropolitano do Sudeste ultrapassa os limites do Vale do Paraíba e incorpora as áreas de Campinas (outro importante tecnopolo), Jundiaí, Santos (o principal porto do país), que tem nas rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Anchieta e Imigrantes importantes vias de circulação de pessoas e mercadorias. E possuí ainda, 60% de toda produção industrial brasileira.
Naturalmente, esse complexo desempenha funções que o encaixam nesse grau de urbanização, tanto em aspectos culturais, quanto em aspectos financeiros; seus dois principais pólos estabelecem uma forte conexão entre as outras cidades brasileiras e com o restante do planeta. Porém, pode-se afirmar que já há uma megalópole (ou macrometrópole) entre São Paulo e Campinas, caracterizada por uma mancha urbana contínua e forte integração econômica e social. Esta enorme mancha urbana ameaça espalhar-se até pólos como Sorocaba e Baixada Santista. Pelo outro lado, está atingindo São José dos Campos e, daí, segue sua trajetória até unir definitivamente São Paulo