tradição e tradução
Campus Serra da Capivara
Graduação em Arqueologia e Preservação Patrimonial
Disciplina: Tópicos Especiais em Antropologia
Docente: Dr. Jaime Macedo
FERNANDA DE SOUSA FERNANDES
PAPER: TRADUÇÃO À TRADIÇÃO: UMA RUPTURA DE (PRÉ)CONCEITOSSão Raimundo Nonato – PI
Novembro/2014
O presente trabalho pretende discorrer sobre os efeitos da tradição e tradução na nossa capacidade de construir símbolos e como isso interfere nas formas de ler o mundo. Ao longo do texto pretendo fazer um ensaio sobre alguns pontos discutidos em aula relacionando-os à determinadas práticas cotidianas. As traduções sobre Tradição podem ser vistas sob diferentes pontos de vista na modernidade. O Positivismo gira em torno de uma verdade única que gera uma tradição. No Funcionalismo, a ordem deve ser preservada, onde a tradição é o esteio da sociedade. No Estruturalismo as representações do espaço social são evidências de ordenamento social. O Processualismo, propõe um modelo de sociedade que inventa tradição produzindo tradução por analogia. Tais visões também podem ser definidas pelos discursos críticos e pós-críticos. Numa abordagem Marxista a tradição e tradução estão conflito dialético. No Pós-Processualismo, o mito é utilizado para traduzir o mundo. Já o Pós-Estruturalismo constrói suspeitas que produzem rupturas com a tradição. E a Pós-Colonialidade/Descolonialidade produz lugares de representação, produzindo discursos como: “sou aquilo que represento. Eu me traduzo assim.”
Frente ao cenário esboçado, é possível notar os diferentes discursos produzidos/traduzidos sobre tradição pelas diferentes óticas construídas no contexto da modernidade e pós-modernidade. Podemos entender tradução como sendo uma ruptura epistêmica que prega a mudança e o conhecimento verdadeiro do mundo. As discussões em sala me fizeram associar o tempo todo o termo tradução à ressignificação, pensando que devemos sempre criar suspeitas em nós mesmos