INTRODUÇÃO Este trabalho busca levantar o conhecimento dos trabalhadores de saúde hospitalar quanto a sua própria saúde no desenvolvimento de suas atividades. A escolha da temática deu-se em função de que o trabalhador que presta assistência em saúde, direta ou indiretamente, demonstra preocupar-se muito com o cuidado do cliente e pouco com os riscos a que está exposto ao prestar este cuidado. A área escolhida foi a hospitalar, por apresentar maior variedade de riscos de acidentes e doenças ocupacionais, em relação as demais atividades de saúde. O campo de estudo foi um hospital geral, privado, de médio porte, com atividade terapêutica nas quatro clínicas básicas de atenção à saúde hospitalar e com exposição a diversos riscos ambientais, físicos e mentais, com serviço de medicina ocupacional funcionante. Buscamos neste ambiente saber o que os profissionais, que desenvolvem atividades no cotidiano do hospital, conhecem a respeito de precauções para evitar acidentes de trabalho e ou doenças ocupacionais, o que entendem por segurança e medicina do trabalho, às quais doenças ocupacionais pensam estarem sujeitos e a que tipos de acidentes de trabalho consideram-se expostos. O caminho percorrido no trabalho é a apresentação do objeto em estudo e a fundamentação teórica como forma de embasar a análise dos dados, colhidos através de um instrumento com quatro questões norteadoras, cujas respostas foram categorizadas em quatro grupos de interesse, com a finalidade de apreender o saber do trabalhador sobre a relação trabalho-saúde-doença. A instituição forneceu autorização formal para realização do estudo e dele participaram os entrevistados que concordaram em fazer parte do mesmo, após conhecerem o instrumento e o objetivo da pesquisa. BREVE HISTÓRICO DA ATENÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR A doença ocupacional, embora ainda sem esta denominação, é descrita desde tempos remotos. Hipócrates descreveu o quadro clínico da intoxicação saturnina,