trabalho criminologia
Com base nos estudos e experiências vivenciados em sala de aula, constata-se que não há um aumento da criminalidade, mas sim uma intensa divulgação das violações ocorridas, apresentadas pela mídia na maioria dos casos sob um nítido enfoque sensacionalista, que aliena os espectadores para a real situação vigente.
Embora não haja uma progressão para a ocorrência de atos ilícitos, é sabido que hão diversos fatores condicionantes que contribuem para a sua consecução. O comportamento delinquente é complexo e abarca em si diversas especificidades. A ausência de atuação do Estado no cumprimento de seus deveres legais, a saber, os de proporcionar educação, saúde, segurança e bem-estar social aos cidadãos, geram o aumento de atividades ilegais, motivadas pelo subdesenvolvimento. A precariedade dos mecanismos de controle social (tanto formais, quanto informais), também tem dificultado o êxito na prevenção e combate à prática criminal. Em nossa pós-modernidade, a carência de exemplos morais a serem seguidos, é notória, podendo ser comprovada por meio dos escândalos envolvendo representantes da justiça e membros notórios das instituições da sociedade civil.
O enfraquecimento da instituição familiar, bem como a precariedade dos mecanismos de controle social (tanto formal quanto informal), acabaram por gerar um crescente estado de desilusão, em que os valores que outrora norteavam a existência das camadas sociais, são cada vez mais desacreditados. Como consequência, há uma nítida dificuldade em se definir aquilo que é moral e lícito e o que não o é. A definição de crime segundo a Teoria da Anomia estabelece que este nada mais é do que uma criação subjetiva e socialmente estabelecida de uma conduta reprovável por uma comunidade em um dado período. Na pós-modernidade o que se observa é que não se é