Terapia leitura e escrita
Pode-se definir a disgrafia como uma deficiência na qualidade do traçado gráfico sendo que, essa deficiência, não deve ter uma causa um “déficit” intelectual e/ou neurológico. Está-se, portanto, falando de crianças de inteligência média ou acima da média, que por vários motivos apresentam uma escrita ilegível ou demasiadamente lenta, o que lhes impede um desenvolvimento normal da escolaridade (Ajuriaguerra, 1977). A disgrafia, também chamada de “letra feia”, não está necessariamente associada à disortografia. No entanto, a criança que tem dificuldades para escrever corretamente a linguagem falada, apresenta geralmente uma disgrafia. Na maioria destes casos, a “letra feia” é conseqüência das dificuldades para recordar a grafia correta para representar um determinado som ouvido ou elaborado mentalmente. Neste sentido, a criança escreve devagar, retocando cada letra, realizando de forma inadequada as uniões entre as letras ou, amontoando-as com o objetivo de esconder os erros ortográficos. É possível, porém, encontrar crianças disgráficas que não apresentam qualquer tipo de disortografia. Principais características encontradas em crianças disgráficas:
a) Má organização da página: este aspecto está intimamente ligado à orientação espacial. A crianças com dificuldades em organizar adequadamente sua escrita numa folha de papel, apresenta um distúrbio de orientação espacial. Sua escrita caracteriza-se pela apresentação desordenada do texto com margens mal feitas ou inexistentes, espaços entre palavras e entre linhas irregulares e, escrita ascendente ou descendente.
b) Má organização das letras: a característica principal deste aspecto é a incapacidade da criança em submeter-se às regras caligráficas. O traçado apresenta-se de má qualidade, as hastes das letras são deformadas, os anéis empelotados, letras são retocadas, irregulares em suas dimensões e atrofiadas.
c) Erros de formas e proporções: refere-se ao grau de limpeza