tempo das reformas religiosas
No início do séc. XVI a Igreja Católica Romana vive uma crise profunda por três razões: 1. Um enorme descrédito aos olhos dos crentes devido à corrupção, à imoralidade e aos abusos de grande parte dos membros do alto clero que não seguiam o exemplo de Cristo.
2. Dificuldade da Igreja dar resposta à grande religiosidade popular, levado os crentes a recorrerem a práticas de magia e de feitiçaria.
3. Um grande movimento de crítica ao comportamento do clero e de retorno ao Cristianismo primitivo, por parte de alguns hu- manistas e religiosos europeus (João Huss, Savonarola, Erasmo, Thomas More).
É nesse ambiente que se vai iniciar a contestação e a ruptura religiosa a que chamamos Reforma.
1. O Luteranismo a). Em 1517 o Papa Leão X publicou uma Bula de Indulgências, em que se concedia o perdão dos pecados em troca de dinheiro, necessário para concluir as obras da Basílica de S. Pedro (Roma).
b). Revoltado contra mais este abuso e imoralidade por parte do Papa, em Wittenberg, o monge alemão Martinho Lutero fixou na porta da Cate- dralas “Noventa e Cinco Teses Contra as Indulgências”.
* Os pecados não podem ser perdoados por dinheiro; * Só Deus, e não o Papa, tem autoridade para dar a salvação. c). Recusando desmentir-se, Lutero é excomungado e, protegido por alguns príncipes alemães, inicia a construção de uma nova doutrina religiosa cristã: O LUTERANISMO
Princípios: A salvação só se consegue pela fé (e não pelas acções). A Biblia é a única fonte de fé, e por isso deve ser traduzida para as linguas nacionais.
Recusa do culto à Virgem e aos Santos.
A fé exprime-se apenas em dois sacramentos -Baptismo e Comunhão- (e não em 7, como no catolicismo).