Tempo das reformas religiosas
Crise na Igreja católica
Nos finais do século XIV, a unidade da Cristandade europeia foi profundamente abalada devido ao Cisma do Ocidente em meados de 1378 e 1417, ficando assim a Cristandade dividida em obediência a dois papas.
Destes dois papas, um vivia em Avinhão em França e o outro em Roma, capital de Itália.
Ainda no século XIV, desenvolveu-se um movimento de contestação à imoralidade e ao luxo em que vivia grande parte do clero.
Os principais lideradores desse movimento foram John Wycliff na Inglaterra, nascido em 1320 e falecido em 1384, e João Huss, na Europa Central, nascido em 1369 e falecido em 1415.
Mais tarde, no início do século XVI, a igreja vivia uma época de crise, pois alguns papas ocupavam-se das guerras, da política, do luxo, do mecenato e esqueciam as suas tarefas espirituais e religiosas; muitos bispos administravam os seus bispados sem lá residirem e a maioria dos padres levava uma vida imoral e tinha uma má formação. Estes cargos eclesiásticos eram muitas vezes comprados por senhores que não pertenciam ao clero.
Estas ações eram criticadas pelos humanistas. Um dos principais aspetos criticados pelos humanistas era o contraste entre a pobreza e a simplicidade dos primeiros cristãos e a ostentação e o luxo de muitos membros do alto clero da época.
Contudo a difusão do Humanismo contribuiu para desenvolver o movimento de contestação à Igreja. Os humanistas mais ativos em ações de denúncia à imoralidade do clero foram Thomas More nascido em Londres a 7 de Fevereiro de 1478 e falecido em Londres a 6 de Julho de 1535, e Erasmo de Roterdão que, nascido em Basileia a 28 de Outubro de 1466 e falecido em 12 de Julho de 1536, procurou recuperar os valores da humildade, caridade e fraternidade do cristianismo primitivo.
Erasmo de Roterdão
A Reforma Protestante
Após o Papa Leão X ter publicado a Bula das