TARSO DE CASTRO Editor De O Pasquim
O Pasquim
Sônia Bertol
UMESP – UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
Introdução
Ao observarmos o fértil campo da história da comunicação social num âmbito especialmente regional, percebemos que havia inúmeros objetos como que aguardando por uma sistematização através da pesquisa científica. Entre esses, chamou-nos particularmente a atenção a figura de um jornalista local que ganhara evidência nacional no final da década de 1960, ao participar da equipe do semanário carioca O Pasquim, representante da chamada imprensa alternativa. Tarso de Castro, nascido em Passo Fundo em 1941, realizou um interessante percurso no meio jornalístico, iniciando sua trajetória na empresa do pai, o jornal O Nacional. Prosseguiu em jornais como Zero Hora e Última Hora, em Porto Alegre, até transferir-se definitivamente para o Rio de Janeiro. Naquela cidade, juntou-se a uma equipe de jornalistas, cronistas, chargistas e intelectuais, atuando em diversos jornais, especialmente em O Pasquim, sobre o qual nos deteremos adiante mais detalhadamente. Acreditamos ser relevante explicar, portanto, que a idéia central do presente trabalho e que nos levou definitivamente a tratar sobre a figura de Tarso de Castro, foi o total desconhecimento de sua contribuição ao jornalismo brasileiro, o que nos convenceu de que seria de grande valia realizar uma pesquisa histórica que desvendasse sua caminhada, registrando-a para que possa passar a ser compartilhada por muitos. Assim, tendo como problema de pesquisa o resgate histórico de uma figura importante do jornalismo brasileiro, pretendemos verificar o percurso profissional de Tarso de Castro, tendo como objetivo geral recuperar sua trajetória profissional no contexto do jornalismo brasileiro, com ênfase no período 1964-1984, e como objetivos específicos:
a) analisar o cenário político e social do período de 1964-1984 no Brasil, em que Tarso de Castro legou sua maior contribuição ao jornalismo nacional;
b) reconstituir