Jornal O Pasquim a influ ncia da linguagem e a censura
Alex Freire de Araujo (UEL)
<alex100sk@hotmail.com>
Bruna Corrêa (UEL)
<brubruka_3@hotmail.com>
RESUMO: Na época da ditadura muitas identidades foram reprimidas, a censura prevalecia, e meios comunicativos deixaram de expor suas ideias com medo das repressões. Iremos analisar a Identidade Pasquiniana do Jornal, a censura e a relação de mercado d’O Pasquim.
Neste artigo, o objetivo é expor como surgiu O Pasquim e como se deu durante sua permanência no regime militar e também fora deste âmbito polêmico. A formação da identidade, a desconstrução das opiniões conservadores da época e os fatores sócio-históricos dessas décadas. A demonstração da censura como a principal influência para o surgimento e a linguagem usada para conseguir manter suas publicações. As entrevistas do jornal e quais objetivos eles tinham com a linguagem usada.
PALAVRAS-CHAVE: Linguagem e identidades. Ditadura Militar no Brasil. O Pasquim. Censura.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Na década de 60, Jânio Quadros, Presidente da República, renunciou seu cargo por conta de crises e pressões políticas. Após sua renúncia em 61, João Goulart (Jango, popularmente conhecido) assumiu a presidência em um clima não muito favorável, por ter sido uma época de muita reviravolta. Em seguida, permitiu a abertura de organizações sociais, movimentos trabalhistas e populares, grevistas e manifestações, causando certo desconforto na elite brasileira conservadora e em algumas instituições sociais, tais como: a família, a igreja, a classe alta, os militares e empresários. Isso gerou uma intriga e uma grande oposição ao seu governo. Jango, temendo uma guerra civil, se refugiou no Uruguai, em 31 de março de 1964, dando, assim, lugar aos militares e iniciando a Ditadura Militar. Após a tomada da República pelos militares, em 1968 foi aprovada a AI-51.
Em 1969, O Pasquim surgiu, então composto pelo cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro, Sérgio Cabral,