Série harmônica
SÉRIE HARMÔNICA
Texto: Prof. Dirso Anderle – SESC/2001
As notas do contraponto são formadas com intervalos de repouso e/ou tensão, consonantes e/ou dissonantes entre as linhas (vozes) da melodia e as linhas (vozes) da harmonia. É preciso que haja um equilíbrio (mistura) de intervalos muito bem estruturado entre melodia e harmonia para se conseguir um bom resultado. O segredo deste equilíbrio está em seguir as determinações da teoria musical e sua evolução mais do que milenar, tais como: escalas, campo harmônico, harmonia, arranjo em bloco, contraponto entre outros. Neste contexto é fundamental estabelecer a natureza e função dos intervalos consonantes e dissonantes. Para entender esse processo torna-se necessário um estudo mais aprofundado da Série Harmônica de onde se extrai os intervalos consonantes e dissonantes. O estudo e entendimento da Série Harmônica teve origem (início) no século VI antes de Cristo com as experiências feitas pelo filósofo e matemático grego Pitágoras. Pela suas descobertas é possível estabelecer uma relação direta entre melodia e harmonia, sendo que seus conceitos e definições são utilizados até os dias atuais (oitavas, ciclo de quintas, etc). Pitágoras (séc. VI, a.c.), afirmou que qualquer som para ser musical teria que ter altura definida, emitido por um instrumento ou por fonte natural, resultando em uma vibração ondulatória regular. Essa vibração é composta pelo som gerador (1ª nota) e outros sons definidos de intensidade menor e freqüência mais aguda, chamados de sons harmônicos ou série harmônica. A série harmônica (som gerador + notas agudas subseqüentes) apresenta uma relação intervalar característica e imutável de origem natural ou física. Assim se tomarmos como exemplo uma corda de um violão (6ª Corda – Nota Mi Grave), notaremos que além de vibrar em toda a sua extensão, também vibra em sua metade, em sua terça parte, em sua quarta parte e quinta parte, etc., produzindo sons
2 cada vez mais agudos. A