Observando um organismo, é possível identificar que, quando algumas circunstâncias seguem uma dada “resposta” comportamental, há um aumento na freqüência de ocorrência desta mesma resposta. Chamamos estas conseqüências de reforçadores. Em outros casos, uma dada conseqüência reduz a freqüência de um dado comportamento. Chamados esta ocorrência de “estímulo” aversivo[1]. Em sua análise funcional, Skinner, além das variáveis que seguem um dado comportamento, também considera as condições ambientais que antecedem o comportamento. Na proposta de Skinner, por ele denominada Behaviorismo Radical, as condições vigentes na ocasião em que um dado comportamento ocorre adquirem conexões com este determinado comportamento. Esta conexão estímulo-resposta é, no entanto, fundamentalmente diferente daquela que ocorria no comportamento respondente ou reflexo estudado por Watson. Aqui, o estímulo não elicia (produz) a resposta, mas tão-somente assinala a ocasião em que a resposta foi seguida de reforçamento no passado. Desta forma, em presença destas mesmas condições ambientais, é mais provável que a mesma classe de resposta ocorra. Chamamos a este estímulo antecedente de SD (estímulo discriminativo) e podemos esquematicamente grafar a relação funcional estabelecida do seguinte modo: SD --> R --> SR (um estímulo discriminativo indicando a ocasião em que uma dada resposta provavelmente será reforçada). Skinner adota a concepção evolucionista de Darwin, segundo a qual determinadas características das espécies de seres vivos permitem maior adaptação desses organismos a seus ambientes, favorecendo sua sobrevivência e reprodução. Assim, pelo mecanismo de seleção natural, estas características são mantidas, enquanto aquelas menos adequadas ao ambiente acabam por desaparecer. Skinner propõe a seleção de comportamentos por suas conseqüências: alguns comportamentos ocorrem aleatoriamente e são selecionados os mais aptos à sobrevivência do organismo. Esta seleção por conseqüências