Skinner
A abordagem comportamental possui uma visão a respeito das relações entre organismo, ambiente e comportamento, como o mesmo surge, permanece, pode ser notado ou modificado no repertório de comportamentos de um indivíduo. A análise do comportamento considera que durante o desenvolvimento de um indivíduo, o mesmo vai construindo um repertório de comportamentos (tanto públicos como privados), onde os mesmos podem ser mantidos, extintos, punidos ou reforçados por meio da ação do ambiente. Afirma Skinner (1978) que todas as vezes que indivíduo age sobre o ambiente, o modifica e é modificado por ele, diante disso, percebemos que o comportamento é toda a ação de um organismo na interação com o meio em que está inserido, desta forma sabe-se que o ser humano e todo seu repertório comportamental (inato e aprendido) são constituídos ao longo da sua interação com o meio.
"Os homens agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez, são modificados pelas conseqüências de sua ação" (Skinner, 1957, p. 15).
Segundo Moreira e Medeiros (2007), a maioria dos comportamentos produz consequências, ou seja, mudanças no ambiente, e essas mudanças no ambiente afetam o indivíduo de forma positiva ou negativa, ação essa chamada por Skinner de “Comportamento Operante”. Skinner nos fala sobre o modelo de seleção por consequências, onde o indivíduo nasce com comportamentos reflexos e com uma pré-disposição filogenética para desenvolver certos comportamentos futuramente, como por exemplo, buscar e manter relações afetivas, que são próprias da espécie humana, mas que deverão ser instruídas e modeladas pelo ambiente.
O desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social de um indivíduo depende fundamentalmente de três determinantes ambientais: Filogênese (história da evolução da espécie), ontogênese (história de vida) e cultural (o ambiente social, grupos e práticas culturais), podemos afirmar que uma análise só estará verdadeiramente completa enquanto levarmos em