Separação ou divórcio dos pais efeitos sobre os filhos
A família vem se perpetuando desde os primórdios da humanidade. Os modelos passados e atuais adaptaram-se ao contexto de cada época pela necessidade de subsistência do grupo social primário, responsável pela identidade de cada indivíduo. Entre todos os grupos humanos, é o que desempenha um papel primordial na transmissão de cultura e valores essenciais ao desenvolvimento de toda a humanidade. É responsável também pelo modelo que a criança terá em termos de conduta, no desempenho do papel social e das normas e valores adquiridos. Porém em muitos casos, devido a conflitos familiares, ocorre a separação ou divórcio de pais, tal evento cada vez mais frequente em nossa sociedade.
A base da sociedade é a família (art. 226 da Constituição Federal). Assim, se a dissolução do núcleo familiar, com o fim do casamento, gera transtornos de ordem prática, acima de tudo, provoca forte impacto emocional para todos os envolvidos: cônjuges e filhos.
O Divórcio do casal e a separação dos pais é sempre um processo doloroso tanto para o casal quanto para os filhos, mesmo tendo em vista que o divórcio está a se tornar cada dia mais comum e quase uma constante social.
Apesar de a separação às vezes ser realmente necessária e até desejável do ponto de vista da saúde psíquica da família como um todo, ela envolve um referencial simbólico de difícil elaboração. O DIVÓRCIO: AFETANDO PAIS E FILHOS
O divórcio é considerado hoje como o desfecho inevitável para um número crescente de casamentos. Isto faz com que se fortaleça a tendência de minimizar as dificuldades que essa difícil decisão comporta para todos os envolvidos.
Na realidade, o processo não é fácil e não pode ser banalizado. Ninguém sai ileso do desgaste de uma relação que aos poucos vai se apresentando como irreparável. Se for difícil para os pais aceitar a ideia de que o seu casamento chegou ao fim, sendo que ambos já
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tiveram uma vida fora do casamento e