Cristo
Apostila Introdutória de Exegese do Novo Testamento
Pr. Deivinson Gomes Bignon
www.voltandoparabiblia.com.br prdeivinson@voltandoparabiblia.com.br I - A Formação do Cânon do Novo Testamento Os vinte e sete livros do Novo Testamento provavelmente só foram preservados por se acharem em conexão com as coleções eclesiásticas, e não por terem sido copiados diretamente de originais isolados. A história do cânon tenta entender de que modo tais coleções e, finalmente a coleção do Novo Testamento tomaram a forma que possuem. Embora os livros do Novo Testamento só tenham chegado até nós como parte de uma coleção aprovada pela igreja, nenhum deles foi incorporado a tal coleção. "Mesmo que já houvesse uma coleção das epístolas paulinas no fim do I século, ela não era encarada como ‘’Sagrada Escritura’". Mas Jesus e o cristianismo primitivo nunca dispensaram a Sagrada Escritura: eles consideravam o Antigo Testamento como as "escrituras", que provinham do judaísmo e que eram citadas em todas as partes do Cânon Vetero-Testamentário. A revelação de Deus fora conservada de forma escrita, como se mostrava evidente para a igreja primitiva bem no início de sua existência. A história da formação daquilo que é conhecido como o cânon do Novo Testamento é a história da exigência de uma autoridade. No final do século I os livros já haviam chegado ao seu destino. Nem todos se tornaram conhecidos por todos os cristãos logo de início. Pelo contrário, é muito provável que alguns dos cristãos primitivos não tivessem visto todos os evangelhos, nem todas as epístolas antes do fim do século. Além disso, muitos evangelhos, atos e epístolas apócrifas circulavam durante o segundo século e foram aceitos por alguns grupos, senão não teriam sequer sobrevivido. A valiosa literatura dos cristãos primitivos que expressavam sua fé e dedicação era preservada pelas congregações em todo o império romano. Esta autoridade canônica repousava sobre o testemunho