Cristo

Cristo, o sacramento do Pai na Igreja
Um crente vê Deus em toda a criação. Tudo foi por Ele criado e, portanto, tudo reflete a Sua imagem, sendo tudo, de certo modo, sacramental. Deste modo, Jesus Cristo pode ser visto como o sacramento por excelência.
Cristo é o lugar de encontro de excelência, uma vez que Nele Deus assume forma humana e simultaneamente o Homem assume forma divina, algo que só em Jessus Cristo ocorre de forma inequívoca. Cristo morto e ressuscitado é forma mais pura e mais simples de união plena entre o Homem e Deus, algo relativamente óbvio para um cristão, que vê Cristo como “Deus feito Homem”.
Da mesma forma que Cristo pode ser visto como o sacramento de Deus, a Igreja pode ser vista como o sacramento de Cristo. A Igreja pode ser vista com um grande valor sacramental, visto que é na Igreja que se atualiza constantemente o sacramento de Cristo. Deste modo, a Igreja não deve ser vista simplesmente como a comunidade de fiéis e os rituais por eles praticados, mas sim como algo com uma elevada sacralidade, uma vez que tudo nela remete para Cristo como sacramento.
Resumindo, Cristo pode ser visto como o sacramento de Deus, uma vez que é a expressão máxima da união entre Deus e o Homem. Por sua vez, a Igreja é vista como o Sacramento de Cristo (sendo, desta forma, também um sacramento de Deus), algo que se deve ao fato de ser a Igreja a responsável por renovar constantemente o sacramento de Cristo e a responsável por relembrar a sua importância e sacralidade.
Este ponto é particularmente pertinente, uma vez que muitas vezes é esquecido por indivíduos de mente fechada que associam a palavra “sacramento” apenas aos 7 sacramentos, algo feito de forma errada desde o Concílio de Trento até ao Concílio Vaticano II. A realidade sacramental não se pode reduzir aos 7 sacramentos, toda a restante realidade com este valor é de grande importância para a compreensão dos 7 sacramentos e não deve ser esquecida nem desprezada.