sagrado e profano - um estudo a partir de Durkheim
De inicio, tomemos como uma noção bem superficial de sagrado tudo aquilo que é colocado à parte, inspira respeito, se mantém a distancia, ideais coletivos que se fixam sobre coias materiais e ao mesmo tempo um objeto de aspiração para qual a sociedade se inclina. Ao contrario dessa colocação do sagrado esta a ideia do profano, sendo este,segundo Durkheim, “composto de sensações provenientes do mundo físico e de coisas vulgares que só interessam nossas individualidades, ou seja, a vida ordinária e as coisas que a ela dizem respeito”.
Pois bem, dito isso passemos para a descrição das observações feitas nas dependências do convento de santo Antonio (largo da carioca) e segundo depoimentos de padres entrevistados. Explicar a dicotomia que essas ideias criam se torna complicado ao passo de que o antagonismo delas pressupõe que são tidas como concretas para a sociedade, no entanto são ideias bem elaboradas e compartilhadas entre os indivíduos da qual fazem parte, por exemplo, os adeptos do catolicismo observados. Longe de eu julgar o nível de realidade da religião, sendo que o próprio Durkheim afirma que todas as religiões são verdadeiras, segundo a compreensão elaborada pela observação, conclui-se que há um nível de abstração subjetivado e ao mesmo tempo compartilhado das noções de sagrado e profano.
De acordo com depoimentos de padres, o sagrado esta ligado a um entendimento da realidade no sentido de espaço-tempo. À medida que a igreja, as celebrações, os ritos e tudo o que faz parte desse “mundo” são expressões do “criador”, ou seja, Deus, e através do qual se expressam por meio do espaço físico, dos sinais, imagens e manifestações