Sociologia da Religião
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA
SAGRADO E PROFANO NAS CRENÇAS RELIGIOSAS
Maria Cícera Gomes de Lucas* Aluna Especial de Mestrado em Sociologia
Profa. Dra. Marilina Conceição Oliveira B. S. Pinto** Sociologia da Religião - PPGS/UFAM
Resumo: De acordo com a definição de vários clássicos da literatura e principalmente de Émile Durkheim (2000) a religião de origem simples ou complexa tem caráter comum e lógica própria de um sistema de crenças e valores, e é definida por Durkheim como fato social, em que o indivíduo afirma a sua fé a partir de um ritual religioso na dicotomia entre sagrado e profano. Para ele, o sagrado está associado à sociedade enquanto o profano está relacionado às coisas ordinárias e mundanas. Diante das diferentes classificações e definições sobre as crenças religiosas e suas representações, o presente trabalho, busca uma compreensão da relação religiosa aplicada ao indivíduo, de acordo com os conceitos dos clássicos, que em seus estudos, definem alguns fatores e regras como determinantes na moldagem da postura do indivíduo perante a sociedade, bem como observar e destacar as principais definições de sagrado e profano e suas principais influências na universalidade religiosa.
Palavras-chave: Religião; Sociedade; Valores; Sagrado e profano.
Introdução
Para os clássicos da sociologia, o fenômeno da religião, pode ser localizado socialmente em termos de funções específicas desde legitimação da autoridade política à abrandamento de rebelião social. Na compreensão de alguns estudiosos que se dedicaram à universalidade da religião, reside nas mudanças de seus padrões religiosos ao longo da sua história e, também podem ser interpretados em termos sociológicos, confirmados por sociólogos contemporâneos que questionam os tipos de personalidades produzidas pela moderna civilização industrial e a permanência dos padrões religiosos tradicionais na