Contribuição de Durkheim no campo religioso
Maysa Luana Silva (Antropologia/Bacharelado)
A contribuição de Émile Durkheim
A contribuição de Émile Durkheim no campo religioso tem um forte significado na academia, apesar de durante muito tempo Durkheim ter sido criticado por formular uma sociologia mais positivista, associado a Augusto Comte. Mas ao mesmo tempo, seus estudos no campo religioso são usados até hoje para explicar diversos fenômenos. Durkheim faz uma ampla abordagem sobre a religião em Formas Elementares da Vida Religiosa, nesta obra ele analisa a religião dentro da perspectiva da coesão social, colocando a religião como um sistema de forças, ou seja, as representações coletivas, que motivam e impulsionam ações coletivas no campo religioso. Durkheim classifica como “fontes de energia” que partem destas representações coletivas, contribuindo para que os indivíduos se sintam de certa forma protegidos e representados pelo determinado coletivo, dessa forma quando o individuo começa a fazer parte de determinado coletivo, as consciências coletivas se impõem a ele, fazendo com que enfrente a vida junto a esta força coletiva. A religião então seria uma precisão particular, que traz funcionalidade nas sociedades “(...) Por isso Durkheim compreendia que, em última instância, a religião ensina as pessoas a viver melhor e fornece especialmente para as sociedades não modernas, o chão para a estabilidade das relações sociais (...)”¹. Assim, a religião vai atender as necessidades particulares e tornar os coletivos íntimos, definido como a solidariedade contratual, que seria a confiança uns nos outros, tornando as manifestações coletivas mais fortes assim como os sentimentos compartilhados. Sobretudo pelo fator do sagrado.
Durkheim analisa a dualidade do sagrado e profano, presentes na condição humana. O sagrado presente nas religiões eleva o homem a uma superioridade na vida cotidiana, esta força cosmológica do sagrado “acreditar” faz com o signo (Deus) seja real, mas