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2070 palavras 9 páginas
LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. Cap. I: Marcos Para Uma História Do Pensamento Antropológico. 15 reimpr. 1 ed. São Paulo: Brasiliense, 2003.

Faz um mapeamento da história da antropologia, desde sua fase primeira até a forma com é compreendida nos dias de hoje. Destaca-se também a evolução desta antropologia, bem como seu reconhecimento como ciência, ainda, os avanços quanto a seu método de pesquisa e a maneira como ela define, encara e enxerga seu objeto de estudo.
No tópico de número um, “A Pré-História da Antropologia”, versa sobre a gênese da reflexão antropológica, esta se deu simultaneamente à descoberta do Novo Mundo [continentes que não estão interligados a Europa, América e Oceania]. Infere-se ainda a relevância do Renascimento que começa a elaborar discursos sobre os habitantes que povoam aqueles espaços. Esta temática é visualizada sob o critério religioso, inclusive levantava-se a questão do selvagem ter alma ou não.
Nessa época surgiu outro debate concernente à ótica em que se encara o estranho, o dominicano Las Casas defende a fascinação pelo estranho cujo corolário é a má consciência que se tem sobre si e sua sociedade, enquanto o jurista Sepulvera opta pela recusa do estranho cujo corolário é boa consciência que se tem sobre si e sua sociedade.
Dentro desse cenário nota-se a figura do mau selvagem e do bom civilizado, é retratado as terminologias dadas a estes povos diferentes em épocas distintas. Além do critério religioso supracitado, tem a questão física [das vestes], alimentícia [a questão de comerem carne crua que vinculou o imaginário de serem canibais], a inteligência [a simplicidade de sua linguagem]. Com isso ligaram o selvagem a um animal, sem razão, moral, religião, consciência, lei, linguagem e escrita. Esta definição zoológica engloba também os negros e todos que diferem os padrões etnocêntricos.
O domínio destes povos “bestiais” era defendido por quem pensava como Sepulvera. Em contraposição, os adeptos de Las

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