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A autodepuração é um processo natural, no qual cargas poluidoras, de origem orgânica, lançadas em um corpo d’ água são neutralizadas. De acordo com Sperling, a autodepuração pode ser entendida como um fenômeno de sucessão ecológica, em que o restabelecimento do equilíbrio no meio aquático, ou seja, a busca pelo estagio inicial encontrado antes do lançamento de efluentes, é realizada por mecanismos essencialmente naturais. Em virtude da crescente poluição de nossos rios, faz-se hoje imperativo a busca de maiores esforços para o controle dessa poluição. Uma das formas de se controlar essa poluição é justamente estudar e conhecer a capacidade de autodepuração de cada corpo hídrico, estimando a quantidade de fluentes que cada rio é capaz de receber sem que suas características naturais seja prejudicadas. Dependendo do nível de poluição dos rios, o processo de autodepuração pode ser bastante eficiente na melhoria da qualidade d’ água. Segundo Stehfest, a decomposição de matéria orgânica por microrganismos aeróbicos corresponde a um dos mais importantes do fenômeno da autodepuração esse processo é responsável pelo decréscimo nas concentrações de oxigênio dissolvido na água devido à respiração dos micoorganismos, que por sua vez decompõe a matéria orgânica. A quantidade de oxigênio dissolvido na água necessária para a decomposição da matéria orgânica é denominada de demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO. Ou seja, a DBO não é propriamente um poluente, mas sim um indicativo de quantidade de oxigênio molecular requerida pelas bactérias para a decomposição da matéria orgânica presente na água, a matéria orgânica em si não é um poluente, porém, seu despejo no meio aquático pode ocasionar um desequilíbrio entre a produção e o consumo de oxigênio. A autodepuração é decorrente da associação de vários processos de natureza física (diluição, sedimentação, e reaeraçao atmosférica), química e biológica (oxidação e decomposição), nesse processo