Rotatividade nas empresas
Por Odilon Medeiros para o RH.com.br
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou, há algum tempo, os resultados de uma abrangente pesquisa sobre rotatividade e flexibilidade no trabalho. Aqui, entretanto o foco será a rotatividade.
Inicialmente é necessário esclarecer que rotatividade significa a substituição de um colaborador por outro e não cortes ou acréscimo de postos de serviço.
Neste aspecto, a pesquisa mostra que a rotatividade no Brasil é uma ação corriqueira e de certa forma banalizada, como algumas pessoas podem imaginar. Por não haver uma regra específica para reger esse movimento, pois muitos gestores trocam colaboradores e fazem deste procedimento uma rotina.
A pesquisa analisou 40 países e constatou que o Brasil está entre as nações que pouco protege os colaboradores contra demissões individuais e que não protegem contra demissões coletivas, de uma vez que não possui leis específicas. Entre os pesquisados apenas a Indonésia, a Índia e o Chile estão na mesma situação do Brasil.
Constatou-se que mais da metade das demissões são sem justa causa e por iniciativa do empregador e apenas 1,5% ocorre por justa causa com iniciativa do empregador.
É importante destacar que, quando se cita "sem justa causa" é levado em consideração apenas o que é informado pelas empresas na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais). E esse fato impede um estudo mais detalhado das razões específicas.
A boa notícia é que você pode fazer um levantamento interno com informações bem específicas e direcionadas. E, claro, usá-lo em prol da sua gestão. Com as informações obtidas, é importante que cada gestor faça uma análise do seu papel e sobre como está contribuindo para fortalecer ou mudar esses dados.
Esteja aberto às mudanças. Você pode até acreditar que a sua atuação está boa neste aspecto. Entretanto, acredite: nada está tão bom que não possa ser melhorado. Você pode fazer um