Rifte
Em resultado do afastamento das porções vizinhas da crosta, formam-se zonas de abatimento tendencialmente lineares, separadas por escarpas de falha, ou seja zonas de graben. Estas estruturas podem ter maior ou menor complexidade, mas, em geral, prolongam-se por muitas centenas ou mesmo por muitos milhares de quilómetros.
O alargamento da crosta cria condições propícias para a subida de magma, pelo que o eixo das zonas de rifte está em geral associado a linhas de vulcanismo activo onde as erupções geram nova crosta para compensar o afastamento. O Vale do Rifte, que percorre cerca de 5000 km no Médio Oriente e no nordeste e centro da África, é o melhor exemplo de um rifte emerso.
Apesar das semelhanças estruturais, os vales de rifte são distintos das cristas médias oceânicas, onde nova crusta oceânica é continuamente formada para compensar o afastamento de placas tectónicas divergentes. Contudo, se o processo de formação do rifte prosseguir por tempo suficiente, criando uma ruptura que leve à formação de distintas placas tectónicas, pode originar uma crista capaz de gerar um novo oceano (tal parece ser a origem do Oceano Atlântico).
Quando a formação de riftes convergentes ocorre sobre um ponto quente, como é o caso da região dos Açores, existe em geral tendência para que o processo continue até que se desenvolva uma zona de ascensão de magma suficientemente poderosa para permitir a formação de uma crista oceânica, iniciando o afastamento das placas tectónicas vizinhas e a formação de crosta oceânica.
Exemplos de riftes:
O Grande Vale do Rifte, em África;
O Mar Vermelho
O Lago Baikal, cujo fundo constitui o mais profundo rifte da Terra;
O rifte do Rio Grande, no SW dos Estados Unidos;
O Golfo de