19 Bacia Potiguar
Otaviano da Cruz Pessoa Neto1, Ubiraci Manoel Soares2, José Gedson Fernandes da Silva3,
Eduardo Henrique Roesner3, Cláudio Pires Florencio3, Carlos Augusto Valentin de Souza2
Palavras-chave: Bacia Potiguar l Estratigrafia l carta estratigráfica
Keywords: Potiguar Basin l Stratigraphy l stratigraphic chart
introdução
A Bacia Potiguar localiza-se no extremo leste da Margem Equatorial Brasileira, compreendendo um segmento emerso e outro submerso. Distribui-se em sua maior parte no Estado do Rio Grande do Norte e, parcialmente, no Estado do Ceará. Geologicamente, é limitada a sul, leste e oeste pelo embasamento cristalino, estendendo-se a bacia marinha para norte até a isóbata de 2.000 m. O Alto de Fortaleza define seu limite oeste com a Bacia do Ceará, enquanto que o Alto de Touros define seu limite leste. A bacia abrange uma área de aproximadamente 48.000 km2, sendo que 21.500 km2 (45%) encontram-se emersos e 26.500 km2 (55%) submersos.
O registro estratigráfico inclui três superseqüências: uma Superseqüência Rifte, depositada no Cretáceo Inferior; uma Superseqüência Pós-rifte, depositada durante o Andar Alagoas; e uma Superseqüência
Drifte, depositada entre o Albiano e o Recente.
A Superseqüência Rifte é representada pelos depósitos flúvio-deltaicos e lacustres das Formações Pendência e Pescada (Berriasiano/EoAptiano). A Superseqüência Pós-rifte é caracterizada pela deposição de uma Seqüência flúviodeltaica, com os primeiros registros de ingressão marinha (Formação Alagamar). A Superseqüência Drifte é caracterizada por uma seqüência flúvio-marinha transgressiva (Formações Açu, Ponta do Mel, Quebradas, Jandaíra e Ubarana), recoberta por uma seqüência clástica e carbonática regressiva (Formações Ubarana, Tibau e Guamaré). Rochas vulcânicas associadas à Formação Macau foram depositadas entre o Eoceno e o Oligoceno na bacia.
O preenchimento sedimentar da Bacia Potiguar está intimamente relacionado com as diferentes fases de sua evolução tectônica: