RESUMO MICROCOSMO

Capítulo I - De Dentro do Cosmos
A partir do momento em que consideramos as origens em uma escala cósmica, a crença de sermos parte – uma ínfima parte - do universo nos é imposta. Porque os mesmos átomos que constituem o nosso corpo não foram criados, obviamente, quando fomos concebidos, mas logo após o nascimento do próprio universo.
Ao longo dos primeiros milhões de anos de expansão após o bigbang, o Universo arrefeceu de 100 bilhões de graus Kelvin, segundo estimativa do físico Steven Weinberg, para cerca de 3.000 graus Kelvin, temperatura em que um elétron e um próton poderiam juntar-se para formar um átomo de hidrogênio, o elemento mais simples e abundante do universo.
Com a força da gravidade, os núcleos das super-novas ficaram tão quentes que foram desencadeadas reações termonucleares, criando, a partir do hidrogênio e de várias partículas subatômicas inteiramente distintas, todos os elementos mais pesados que conhecemos no universo atualmente.
Na nuvem de gases destinada a se transformar na Terra, misturava-se hidrogênio, hélio, carbono, nitrogênio, oxigênio, ferro, alumínio, ouro, urânio, enxofre, fósforo e sílica. A fúria e o calor com que a terra foi formada forma tais que durante os primeiros anos do Hadeano não havia rochas sólidas, oceanos nem lago, talvez nem mesmo a neve e o granizo dos invernos boreais.
A cerca de 4.600 milhões de anos, a massa terrestre já apresentava as condições propícias ao surgimento da vida. O hidrogênio gás leve demais para ser mantido pela gravidade da Terra, flutuou no espaço ou se combinou com outros elementos, produzindo os ingredientes da receita da vida.
Em 3.900 milhões de anos, teve inicio o Arqueano, que se estendeu desde o surgimento da vida na Terra a sua disseminação sob a forma de macios tapetes coloridos purpúreos e verdes e de duros estromatólitos cupuliformes bacterianos.
A medida que a superfície da terra arrefecia, as nuvens de vapor que enchiam a atmosfera se condensavam. Chuvas torrenciais