Resumo Família emoção e ideologia
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A instituição famíliar é nossa primeira referência de mundo. É considerada de suma importância em relação ao nível das relações humanas como também pelo nível da vida emocional. Porém, é assunto de grande polêmica. Para alguns, a família deve ser a base da sociedade e a garantia de uma vida social equilibrada e por isso mantida intocável, para outros, ela deve ser combatida, por proporcionar o entrave ao desenvolvimento social, sendo algo nocivo onde as neuroses são fabricadas e onde exerce dominação sobre as mulheres e crianças. As ciências sociais tem estudado a família sob a ótica do que a ideologia veicula, como algo natural e mutável. Para Parsons, a família tem grande importância, pois a relação entre a sociedade e indivíduo ocorre de forma harmônica e autorregulada. È composta de valores, é universal e imutável. Para Freud, a dominação e a repressão sexual são as formas impostas pela entidade familiar. A ausência de uma perspectiva histórica e o seu reducionismo psicológico, levam a uma naturalização e universalização da família nuclear burguesa, sendo que este olhar de forma natural se baseia em negação de toda a história familiar. Engels, por sua vez, defende a relação de família monogâmica. Para ele a divisão sexual do trabalho iniciada na família, deu origem à divisão social do trabalho. A complexificação desse processo de divisão do trabalho proporcionou a divisão entre o trabalho manual e o intelectual o qual deu sustentação ao modo de trabalho capitalista. Portanto , a estrutura familiar monogâmica foi determinada pelas forças produtivas e pela divisão social do trabalho , como também pelo aparecimento da propriedade privada. Essa transformação da estrutura familiar em monogâmica , requeria a restrição sexual feminina a partir de um casamento monogâmico e com duração para a transmissão de herança aos filhos legítimos do homem. Aí se faz a importância da virgindade e fidelidade conjugal da mulher. A relativa autonomia da organização