Controle Social
É impossível falar em cultura e socialização sem abordar os temas: controle social, ideologia e atitudes. Controle social porque é principalmente através dele que a sociedade, por seus agentes socializadores, vai exercer pressão para que seus membros ajam de tal ou qual forma; atitudes porque elas vão se formar exatamente através da socialização, sendo um componente comportamental importantíssimo pela séria influência que detêm sobre a vida dos indivíduos e das sociedades; ideologia porque só entendendo o seu real significado podemos compreender de fato o processo de socialização e o papel das instituições neste processo.
Controle social
Como já explicamos antes, a criança nasce em uma sociedade já organizada que tem, com relação a ela, uma série de expectativas: deverá obedecer às autoridades, deverá agir dentro dos padrões considerados desejáveis; não poderá rebelar-se contra a ordem estabelecida, etc., etc. Ela terá que introjetar todos os atos permitidos e não-permitidos.
"Mas como conseguir isto, sendo que a força individual é intensa e sempre provoca reação e rebeldia? Usando de métodos coercitivos ou persuasivos.
Nossa conduta está basicamente enquadrada nas expectativas do grupo, porque toda vez que nos afastamos delas, o grupo, de uma certa maneira, nos castiga.
Este controle atua sob uma infinidade de formas que se manifestam por diferentes graus de intensidade, desde os usos mais corriqueiros, seguindo pelos costumes solidamente implantados no grupo, até as instituições e leis, podendo estas últimas atingir formas de extrema violência, como a prisão perpétua e a própria pena de morte.
Persuasão e coerção
Nem toda técnica de controle social é coercitiva. Ele tem também o lado da persuasão. Provérbios, ditos populares, crendices, mexericos, frases estereotipadas que se repetem de geração em geração (como: "menino que brinca com bonecas é maricas...") são mecanismos de controle social