resumo da vida privada
História da vida privada - São Paulo:Companhia das Letras 1989; Coleção dirigida por Philippe Ariès e George Duby /Conteúdo: v.1 Do Império Romano ao ano mil / organização Paul Veyne; (Pág.123-223)
Prefaciado pelo historiador francês Georges Duby, que dirige a coleção ao lado de Philippe Ariès, este primeiro volume cobre um período de cerca de oito séculos, do declínio do Império Romano à Alta Idade Média ocidental e à Bizâncio dos séculos X e XI.
O livro reúne ensaios de renomados especialistas, entre eles Michel Rouche e Paul Veyne (também organizador do volume e autor do texto de introdução), que examinam a vida cotidiana de cidadãos e escravos, senhores e servos - sua sexualidade, o casamento, a família, as diversas formas de moradia, as atitudes religiosas e as práticas funerárias. Acrescidos de ilustrações, os textos compõem em seu conjunto um fascinante panorama do aparecimento e das transformações da esfera privada, dando um quadro dos comportamentos individuais e sociais no período abordado. Completam a obra uma extensa bibliografia e um índice remissivo. (Companhia das letras)
TRABALHO E ÓCIO O conceito filosófico de trabalho transformou-se em um valor social universal.Marx e Proudlhon resignificou a noção de trabalho.A exaltação do ócio como condição necessária para a dignidade humana foi herdada dos gregos que aos romanos também seguiram como filosofia de vida. Filósofos como Aristóteles e Platão faziam verdadeiras apologias à cultura do ócio e para sustentar esse ócio haveria de ter uma massa de trabalho de mão de obra escrava.Segundo esses pensadores caberia aos escravos a não ter vida própria: "Platão estabelecia que uma cidade bem feita seria aquela na qual os cidadãos fossem alimentados pelo trabalho rural de seus escravos e deixasse os ofícios para a gentalha e preconizava que o homem de qualidade deve ser ocioso. Dizia ainda que o rico não precisava