Florbela Espanca
Apresentação da autora
• Nasceu em Vila Viçosa a 8 de dezembro de 1834.
• Frequentou a faculdade de direito da Universidade de
Lisboa.
• Poetisa portuguesa. Escreveu poesia, contos e um diário; traduziu vários romances e colaborou ao longo da sua vida em revistas e jornais de diversos temas.
• A temática abordada é principalmente amorosa.
• O que preocupava mais a autora era o amor, solidão, tristeza, saudade, sedução, desejo e morte.
• Suicidou-se em a 8 de setembro 1930, com 36 anos.
Amar
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
1ª estrofe
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
2ª estrofe
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
3ª estrofe
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
4ª estrofe
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Estrutura externa
• Este soneto é constituído por 4 estrofes: 2 quadras e 2 tercetos
• Esquema rimático: ABAB / ABBA /CCD / EED
Figuras de estilo:
“Amar só por amar: Aqui… Além… Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…” – enumeração
“E se um dia hei de ser pó, cinza e nada” – enumeração
“Que seja a minha