Os carolígios
Carlos, filho de Pepino de Heristral, foi prefeito do palácio entre 715 e 714. Durante esse período promulgou éditos em seu nome e fez julgamentos. Durante seu período houve um enfraquecimento do poder militar real. A classe camponesa começava a ficar mais dependente, mais presa a terra. Portanto, não poderia se ausentar dos trabalhos agrícolas para os serviços militares o que acarretava em sua ruína.
Enquanto isso, os magnates tinham à sua disposição tropas militares pessoais, que recebiam armamentos, cavalos para guerra, imóveis e vencimentos. Nesses séquitos funcionavam a relação de suserania e vassalagem. O magnate era considerado o senhor e o companheiro de armas de jurava obediência e fidelidade.
Carlos resolveu fazer reformas militares se apoiando na propriedade imobiliária. Distribuiu terras do poder real e bens confiscados à Igreja para proprietários médios e pequenos possuidores de bens sobre o trato de apresentarem-se à frente de um grupo de guerreiros, a quem doassem terras. Esta concessão de terras foi chamada de benefício. Do qual o guerreiro se comprometia fazer serviços militares e prestava o juramento de fidelidade ao senhor. Contudo, essas terras continuavam sendo de propriedade do senhor e o benefício acaba quando o guerreiro se recusava a prestar os serviços ou em caso de falecimento do senhor ou do guerreiro.
Essas concessões foram as alavancas dos comandos oficiais. Esta restauração militar consagrou o regime feudal e reforço, em primeiro lugar, o poder real, pois os transformou os camponeses cada vez mais em súditos dos senhores feudais. O Estado passou a agrupar, cada vez mais, os grandes senhores em volta do poder real, aumentando assim o poder militar dos Francos.
Carlos, posteriormente conhecido como Carlos Martel, ganhou várias batalhas dentre elas contra os mulçumanos na Gália. Além de colocar sob a dependência dos Francos algumas tribos germânicas, que haviam conseguido sua independência durante o período