resumo congresso
O sucesso da agricultura moderna está relacionado, em parte à adoção de produtos químicos sintéticos na proteção das plantas. Contudo, o interesse sobre o potencial impacto dos agrotóxicos, como resíduo nos alimentos e no ambiente, tem crescido nos últimos anos, principalmente nos países desenvolvidos (Dayan et al., 2009). Além disso, novos defensivos agrícolas, incluindo produtos naturais, estão sendo descobertos e desenvolvidos com o intuito de substituir alguns compostos sintéticos utilizados no passado, visando combater a evolução da resistência dos insetos a princípios ativos já existentes (Copping & Duke, 2007). Dessa forma, seguindo a tendência mundial de reduzir as agressões ao meio ambiente e de tornar os alimentos consumidos mais saudáveis, métodos alternativos têm sido empregados dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP), principalmente se tratando de hortaliças. Entre os métodos alternativos pode-se destacar o uso de extratos de plantas, por ser uma estratégia viável quando associados a outros métodos de controle, uma vez que sistemas auto-sustentáveis de produção requerem manejo menos agressivo, que façam parte do agroecossistema e que sejam duradouras (Cavalcante et al.,2006). Lemos & Ribeiro (2008), ressaltam ainda que por ser um método de controle alternativo de pragas sem o emprego de inseticidas sintéticos, a utilização de inseticidas botânicos caracteriza-se por ser sustentável para as comunidades que deles se beneficiam.
Os primeiros produtos naturais usados na agricultura foram a nicotina, extraída do fumo, Nicotina tabacum (Solanaceae); a piretrina, extraída do piretro, Chrysanthemum cinerariafolium (Asteraceae); a rotenona, extraída de Derris spp. e outros alcalóides (Lagunes & Rodriguez, 1989). Foi relatado também por
Souza & Vendramim (2000 e 2001), que o extrato aquoso de folhas de Melia azedarach L. e ramos de Trichilia pallida Swartz, apresentam resultados satisfatórios sobre a espécie Bemisia tabaci