Resumo Cenas do Consumo
O consumo não se reduz apenas a uma questão de ter ou não a condição econômica para a compra. É obvio que o dinheiro define um nível de acesso, operando com uma espécie de preço de entrada para determinado nível de consumo. A posse do dinheiro localiza o acesso econômico a um dos muitos universos de consumo. Atravessando a fronteira de cada universo de consumo as diferenças simbólicas e culturais começam a se desenhar, traduzindo modos particulares de exercício deste preço de entrada.
Uma vez que se pode pagar o preço de entrada, a escolha de consumo torna-se completamente dependente da ordem cultural, de sistemas simbólicos e de necessidades classificatórias, se reduz a um fato econômico, algo capaz de equalizar a todos pela via de posse do dinheiro. Até à fronteira do preço de entrada, pois a partir daí são diferenças de uma ordem mais complexa que passam a governar.
Pelo estereótipo da mídia o consumo é trazido à tona como algo alienador, em contrapartida o a produção se torna algo nobre, estudar a produção significa estudar a Revolução Industrial e estudar o consumo significa estudar a cultura, simbólico e experimentar a relatividade dos valores.
Quando as empresas de hoje em dia realizam alguma pesquisa, o motivo de realizar a mesma é o aumento das vendas e não entender o cliente para assim desenvolver produtos que suprem a necessidade que o cliente nem imaginava que tinha.
O estudo do consumo, em que pese a exclusão, é uma necessidade que se impõe, pelo fato de que é um caminho privilegiado para compreendermos a sociedade contemporânea. Portanto é a visão do consumo como um código através do qual a nossa cultura se expressa.
O consumo tem poder coercitivo, uma vez que constrói um imenso sistema de representações (Produtos e Serviços), coletivamente compartilhado, atua como força social em relação ao indivíduo. Força externa efetivamente, uma vez que existe fora das consciências particulares, definindo uma