Resenha do filme Surplus

O filme Surplus faz uma critica ao consumismo, e evidencia uma realidade que está cada vez mais banalizada no mundo de hoje, mostrando que o homem está cada vez mais perto de se tornar uma maquina de consumo, se importando apenas em suprir necessidades que não existem. Além disso, há também a dicotomia socialismo x capitalismo, que expõe os lados obscuros de ambos os governos, demonstrando no governo capitalista o consumismo exacerbado e supérfluo, e o oposto desse consumismo no regime socialista, onde o desejo de consumir exageradamente é tratado como um mal, como algo completamente desnecessário. Observamos também a realidade de um país socialista, onde muitas pessoas vivem somente pelo básico de roupas, mantimentos e utilidades, mas que mesmo assim ainda são influenciados pelo capitalismo, desejando muito mais do que possuem. Nesse ponto, a mídia entra como principal ferramenta de persuasão. A televisão, internet, rádio e outros meios de comunicação são persistentes e manipulam a sociedade, induzindo todos ao consumismo. Em síntese, o longa é uma mistura de critica a sociedade capitalista, e todas as ferramentas que a auxiliam na alienação de pessoas.

O longa possui diversos exemplos de ambos extremos da sociedade de consumo. Para argumentar a favor, o filme apresenta o ativista norte-americano John Zerzan, que prega o retorno ao modo de vida pré-industrial. Zerzan argumenta que a submissão está em todas as pessoas que se contentam apenas em arranjar um emprego, e consumir desenfreadamente para – tentar suprir a necessidade de ser feliz, assim acabando por se viciar em um ritmo frenético de compulsão por produtos que são supérfluos. Surplus mostra que John leva uma vida simples, e se sustenta apenas com o dinheiro obtido em doações de sangue, para assim destacar que é possível levar uma vida longe de toda a compulsão pelo consumo. Do lado do “consumo para ser”, o eufórico Steve Ballmer, presidente executivo da Microsoft rouba a cena, com seus gritos