Resumo Ato de Criação
O Ato de Criação, por Gilles Deleuze (*palestra de 1987)
O que significa ter uma ideia em arte ou em qualquer outro campo do conhecimento?
Ideia é da ordem da raridade (com Paul Valéry, uma “festa do pensamento”).
Ter uma ideia não é algo genérico.
“... As ideias são potenciais já empenhados nesse ou naquele modo de expressão”
Filosofia: cria conceitos
Ciência: cria funções
Arte: cria figuras estéticas
(só em arte: cinema, música, pintura, escultura, fotografia, dança, teatro, etc./ cinema: blocos de movimento/duração; pintura: blocos de linhas/cores...)
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Ideia = pensamento enquanto CRIAÇÃO e não como RECOGNIÇÃO ou simples REPRODUÇÃO de formas já existentes.
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Ruptura com concepções representacionalistas:
Ruptura do modelo platônico- mundo das essências x mundo das aparências à favor de um campo de imanência que destitui a ideia da constituição/separação sujeito-objeto à favor dos simulacros – a arte ensina a vida!)
Ruptura do modelo cartesiano (cogito “Penso, logo sou”) via a derrocada dos pressupostos básicos da Filosofia clássica racionalista:
(Em Arte, tais rupturas se estendem a vários questionamentos...
*Luigi Pareyson, por exemplo, questiona a Arte como Fazer, a Arte como Sentir e a Arte como Conhecer para nos dizer sobre Arte como Formatividade).
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No entanto, não se diz: “- Ei, hoje eu vou ter uma ideia!”
Não há nada que garanta o advento de uma ideia, ou seja, da criação.
Para que haja criação é necessário o ENCONTRO com forças que o pensamento NÃO conhece.
É na violência desse encontro que o pensamento, rompido, pode nascer outro... indefinidademente!
Por isso se diz que o criador não é um ser que trabalha pelo prazer!
Um criador só faz aquilo de que tem absoluta necessidade.
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ACASO
necessidade encontro aberturas ao SENSÍVEL:
“No caminho do que existe para ser pensado, tudo parte da sensibilidade.”
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No limite