Resenha
Resenha
A Virada – O Nascimento do Mundo Moderno, Greenblatt, Stephen. São Paulo: Cia. Das Letras, 2012.
E
O Queijo e os Vermes, Ginzburg, Carlo. São Paulo: Cia. Das Letras, 2006.
Acadêmico: Luiz Rosenthal
Nas linhas a seguir buscarei resenhar as obras já supracitadas de GINZBURG e GREENBLATT, em busca da transição feita pelos personagens Poggio Bracciolini e Domenico Scandella (conhecido como Menocchio) enquanto expremidos entre a medievalidade e as correntes que levariam o homem a modernidade. Primeiramente Grenblatt nos apresenta a experiência de Poggio após encontrar, em 1417, um manuscrito em desgastado, que valendo-se de grande conhecimento de latim e literatura clássica romana, ele reconhece o extraordinário valor do mesmo. Se tratava de De Rerum Natura, poema creditado a Lucrécio, poeta e filósofo supostamente romano, que traz o atomismo grego em seu texto, também transmitiu em seu escrito algo do pensamento de Epicuro, pensador grego, que se trata da afirmação de que se pode encontrar a felicidade durante a vida terrena (Epicuro chega a questionar a existência de uma vida pós-morte, dogma indiscutível para os católicos), o que representa um grande abalo ideológico se comparado com o estigma vigente, que valorava uma vida pautada por sacrifícios que seriam recompensados por uma inteligência divina. Tal conceito se choca claramente com as praticas católicas na época, que constantemente infligia agressões econômicas, psicológicas e físicas aos seus fiéis, justificadas pelo seu valor como sacrifício, golpeava assim, os dogmas já não tão sólidos da igreja católica. No livro O queijo e os Vermes Ginzburg investiga a saga de Menocchio(nascido em 1532, e tendo o clímax de sua história aos 52 anos) em busca de reconhecimento de sua teogonia, onde afirma a origem do cosmo ser um evente comparável ao qualhar do leite durante a fabricação do queijo, sendo o surgimento da vida comparável ao