Resenha Platão
Percebe-se pela leitura do texto que Platão buscava sempre a justiça como primórdio, e usava ela para que a cidade vivesse em harmonia, tendo como base a educação direcionada para o conhecimento verdadeiro. O autor, ao relacionar Aristóteles com Platão, diz que um se contrapõe ao outro, estimando a medida que Aristóteles foi ou não mais realista em relação a Platão se tratando do indivíduo em uma ordem coletiva.
Platão, nascido em Atenas, era filho de uma família aristocrata ateniense dedicada à política. Fundou sua Academia em 387 a.C., e foi autor de obras importantes, como a República, o Político, o Banquete etc. O filósofo queria tornar o conhecimento em realidade e criou algumas perspectivas em relação ao conhecimento; uma delas é o objeto de conhecimento, e ao detalhar diz que há dois mundos distintos: um sensível e outro inteligível. O mundo sensível era o mundo material visível com objetos particulares, imperfeitos, mutáveis; este foi chamado de ‘mundo das sombras’, o conhecimento é incompleto, imediato e superficial. Os sentidos não oferecem a menor possibilidade de conhecimento verdadeiro e sim aparências enganosas. Já no mundo inteligível, ‘mundo das ideias’, a realidade é abstrata, perfeita, eterna, os seres adquirem formas puras.
A justiça era tema de debate e estudo para Platão, e em uma de suas cartas ele relatou que os homens públicos são dominados pelos interesses particulares; isso em face ao que Atenas estava vivenciando naquela época. A injustiça e corrupção estavam presentes e Platão desistiu de permanecer na vida pública pois percebeu que esses eram fatores que desintegravam a cidade, mas confiou na Filosofia como fator primordial para resgatar a ordem e a justiça nas relações sociais. Platão descreve que a razão é o fundamento que pessoas inteligentes usam para que a justiça