A arte de formar-se
A arte de formar-se - João Batista Libanio
A arte de forma-se descreve e analisa os cinco pilares da educação: aprender a conhecer aprender a fazer, aprender a conviver com os outros, aprender a ser e aprender a discernir a vontade de Deus. O edifício da educação ostenta a visibilidade por meio do pensar, do fazer, do conviver, do ser e do discernir ao longo da vida da pessoa. Formar-se é tomar em sua mão seu próprio desenvolvimento e destino num duplo movimento de ampliação de suas qualidades humanas e religiosas e de compromisso com a transformação da sociedade em que se vive. Diante da rapidez que as evoluções estão ocorrendo em nosso mundo moderno, logo o aluno se perguntará: Porque aprendi tudo isso? Para mais nada me serve, porque já está desatualizado. A comissão demonstrou essa preocupação ao citar: Embora o Aprender Ser e Aprender a Fazer são indissociáveis, queremos destacar que o Aprender a Fazer está mais relacionado a questão da formação profissional. A questão que precisa ser respondida pelo professor é: Como ensinar ao aluno a pôr em prática os seus conhecimentos e, também, como adaptar a educação ao trabalho futuro quando não se pode prever qual será a sua evolução. Devemos destacar que o Aprender a Fazer não pode, pois, continuar a ter significado simples de preparar alguém para uma tarefa material bem determinada, para fazê-lo participar do fabrico de alguma coisa. O conhecimento não vem de fora, é um processo de construção e reconstrução interior. Não está nos livros, nos computadores, mas nas mentes das pessoas. A verdadeira aprendizagem é a construção ativa de conhecimentos realizada pelo sujeito que aprende. Não há aprendizagem sem que o aprendiz seja o sujeito ativo do processo, e a aprendizagem será tanto maior e melhor quanto mais ativo ele for. Aprender a conhecer isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar