Resenha A República de Platão
A República é um diálogo escrito por Platão que tem como personagem principal Sócrates, onde são discutidas e refletidas sobre questões de organização social, tais como a política e sua filosofia. Platão usa de sua obra para exemplificar uma organização perfeita onde as regras e tudo o mais que diz respeito à política são sustentadas pelos indivíduos que assim constituem a mesma. O diálogo tem uma extensão considerável, isto é, deve ser lido atenciosamente, pois apresenta um vocabulário de não tão fácil compreendimento, mas que ao ser lido com a merecida atenção, se torna uma leitura instigante e interessante.
A obra de Platão é dividida em dez livros, de onde a questão e o debate prolongado sobre a ordem justa acabam surgindo resposta conclusiva de que a justiça talvez seja preferível à corrupção.
A República traz no inicio um filósofo sofista, Trasímaco, que defende a ideia que a força é um direito, e que a justiça é o interesse dos mais fortes. Para ele as formas de governo fazem leis visando seus interesses, e determinam o que é justo, tratando severamente como injusto aquele que não condizer às suas regras. Uma pergunta é lançada: "Como seria uma cidade justa?”. A partir daí que se inicia um diálogo reflexivo com o objetivo de achar respostas para a questão. Platão apresenta a justiça como uma relação entre indivíduos, e que esta depende da organização social. Mais tarde fala também que justiça é fazer aquilo que nos compete, de acordo com a nossa função. Segundo ele, a justiça seria simples se os homens fossem simples, logo a justiça é complicada porque o homem é complicado.
Para melhor compreensão da obra de Platão, resenharei por livros o que vi de importante e interessante desde a formação do pensamento até a atuação de uma república perfeita segundo Platão.
No livro I, narrativamente Sócrates é obrigado a pernoitar na casa de Polemarco, filho mais velho de Céfalo, aí inicia seu diálogo com este. Primeiro, Céfalo