Resenha sobre a república de platão
A justiça sob a ótica da obra A República: um estudo do livro I ao VII
Recife, abril de 2013
INTRODUÇÃO
A República está dividida em dez livros ou diálogos em que Platão discorre sobre seu pensamento sobre o Estado ideal e sobre sua doutrina acerca do homem ideal. Utiliza a figura de Sócrates como personagem principal. Este trava com seus interlocutores profundos debates sobre diversos temas, desde o discurso sobre a superioridade da justiça em relação à injustiça, passando pela construção da cidade ideal com todos os seus elementos, com destaque para figura e a importância dos filósofos, às reflexões metafísicas (doutrina da essência das coisas) sobre os dois mundos, o sensível e o inteligível, até chegar às conclusões sobre o destino da alma. Para entender a obra faz-se importante contextualizar o autor. Platão nasceu em Atenas, em 428/427 a.C. Arístocles era seu verdadeiro nome. Descendente do rei Codro e de Sólon, possuía inclinação natural à vida política. Segundo Aristóteles, Platão foi inicialmente discípulo de Crátilo, seguidor de Heráclito e, posteriormente, de Sócrates. Decepciona-se com os métodos utilizados na política de seu tempo, no regime oligárquico comandado por Cármides e Crítias. Inicia um período de viagens, após o qual, funda a Academia, escola que viria a adquirir grande prestígio em pouco tempo. Escreve várias obras, entre as quais destacam-se: Fedro, Teeteto, Banquete, Filebo, Protágoras, Górgias, República, a obra em questão. Pelo conjunto de sua obra e seu legado, situa-se entre os maiores pensadores de todos os tempos. Com maestria, através dos discursos de Sócrates, descreve-se na República as diversas concepções políticas então conhecidas, contrapondo-as com a ideia de um Estado perfeito. É possível ater-se a uma rejeição para sua cidade ideal a visão