Resenha da República de Platão
INTRODUÇÃO
Filósofo e matemático grego que viveu no século IV a.C., Platão foi um dos principais discípulos de Sócrates, e é considerado um marco na filosofia ocidental. Ele rompe com a concepção comum aos filósofos de sua época, que partiam do pressuposto que o conhecimento era adquirido a partir dos sentidos. A República, obra magna de Platão, está dividida em dez livros. Nessa obra o autor coloca a Justiça como o tema principal. E Sócrates é o personagem que vai defender as ideias de Platão. O livro se inicia com a busca pela conceituação absoluta da Justiça e na defesa de que o justo é melhor que o injusto. Para definir o que é a justiça ele vai falar da cidade justa. As classes dessa cidade, bem como a educação dos cidadãos que a compõem é definida em concordância com a aptidão que cada um possui. Platão acredita que nenhum ser humano pode ser feliz se não segue a aptidão de sua alma. Nesse sentido, ele vai defender que na república ideal, a justiça ocorre quando cada um segue a função para qual é mais dotado (aretê). Para ele, o mais apto a governar essa cidade é o filósofo, que busca o belo, a justiça e o bem. No mito da caverna, talvez um das passagens mais conhecidas do autor, temos que o filósofo é aquele que vai buscar a luz do céu usando a razão. Ele deve se libertar das amarras do mundo sensível e com razão e coragem se aprofundar na busca do conhecimento das ideias perfeitas no mundo inteligível.
RESENHA
Livro I e II: O discurso se inicia quando Sócrates é interrompido de sua caminhada. Logo começa um dialogo sobre a Justiça. Polemarco expõe sua tese de que a justiça é “auxiliar os amigos e prejudicar os inimigos” (334b) e Sócrates vai rebater dizendo que é possível que nos enganemos com relação a quem são nossos amigos e com relação a que são nossos verdadeiros inimigos. Portanto, podemos confundir a partir desse conceito o que é a justiça e a injustiça. Além disso, segundo Sócrates, a