Resenha Livro I - A república de platão
A presente obra de Platão trata da questão de questionar o que é justiça. Os interlocutores de Platão recorrem a inúmeros poetas, que tratam da prática de justiça, à aparência de justiça e aplicam a determinado comportamento ou como um todo da sociedade. Isso preocupa Platão, pois ele defende que devemos nos basear no Ser da justiça, que busque uma definição que possa ser dividida entre os homens. Platão tinha o interesse no convívio na Pólis, advogando que a justiça deve ser norteada nas relações políticas dos indivíduos, sendo ela um bem coletivo, e não individual. No debate estabelecido por Sócrates e Trasímaco, podemos ver a reflexão sobre o que é justiça. Platão faz uso de artifícios dialéticos através da refutação de Sócrates, colocando frente a frente aos argumentos dos outros interlocutores, sendo definido como aparências e não possuindo um sentido universal, usando a substantivação, que era um dos seus métodos filosóficos. Trasímaco se revolta frente a este método filosófico usado por Sócrates no diálogo feito entre ele e os demais interlocutores. Ele não admite que Sócrates indague os demais e vê com teimosia a maneira que Sócrates rebate as respostas dadas a ele, e exige que se manifeste com clareza e precisão, e faça ele mesmo a definição de o que é justiça. Se definindo como portador da melhor resposta, Trasímaco desejava se destinguir dos demais. Ele quer definir a justiça, esperando receber os aplausos de Sócrates, afirmando que ela é o interesse do mais forte, usando o governo, pois este é considerado o que há de mais forte em cada cidade, afirmando que eles fazem as leis para se beneficiar. Com isso, Trasímaco alega que é justo o que demonstra ser vantagem para os governantes de cada cidade, o interesse do mais forte prevalece, de acordo com a sua conveniência. Sócrates não aceita os argumentos de Trasímaco, mas não os abandona de vez, ele analisa uma melhor palavra do seu interlocutor e as